MATÉRIA MATRIZ SUPORTE | performance, 2019
DO GESTO - A partir de Matéria Matriz Suporte, Instalação2020
Vista apresentação, Colectiva 4x4, Museu Provincial de Jaen, Espanha, 2019
Vista apresentação Espaço Campanhã, Porto, 2019
Fotografias por Dori Nigro e Eduardo Vieira
Matéria Matriz Suporte
desenho | ação| print| têxtil
Surge das experiências em atelier, em que o mesmo material é explorado de forma a a intervir sob vários papeis ao longo do processo, assumindo posições de ferramenta, de suporte de imagem/desenho/pintura, e de produto.
A manipulação repetitiva do material por via da utilização de tintas e riscadores, permite constatar que as várias peças, como matrizes, suportes, ou provas de impressão, coabitam o mesmo espaço podendo criar novas leituras e interpretações.
Reflete sobre a performatividade da matéria textil através de acções que multiplicam as possibilidades visuais e conceptuais. Desenvolve-se a partir da combinação de módulos de tecido que assumem, após manipulação, posições que derivam entre a matéria, a matriz e o suporte. A manipulação desta coleção módulos de forma mais ou menos aleatória dá origem a outros “objetos” de caráter escultórico e/ou pictórico, que ocupam, em lugar e em importância, um mesmo espaço, criando por fim o vislumbre de uma nova paisagem.
Módulos de tecido, grafite em barra;
Duração aprox.: 50 min
Do Gesto
arquivo de gestos | frottage | impressão direta
Nasce da experiência performativa Matéria Matriz Suporte – fragmentos de tecido resgatam formalmente a memória dos gestos precedentes. Como uma coleção de impressões/marcas/provas do momento da ação – objeto documento.
Peças que transitam entre a pintura e a impressão, unificadas pela sua estrutura visual - dimensão, direção, linguagem.
Invocam e caracterizam a ação que lhes deu origem e uma existência tridimensional, um movimento, uma ação passada que a partir de uma transferência física se expande no tempo – arqueologia da matéria.
Revela-se como momento de contemplação do que escapa à génese performativa – tempo real – que não para.
A travessia do processo de criação para o processo de exposição – passando pelo processo de recolha, seleção e organização, da génese arquivística.
As imagens sutis surgem de uma matéria familiar, invocando marcas ocasionais e comuns à ideia de quotidiano – os vincos, as dobras, os fios que se agarram à nossa roupa, a mancha da chávena do café na toalha – uma série de presenças muito próximas a um universo do dia a dia que cria outras narrativas e conexões.
Do gesto quer-se assim como um arquivo visual de gestos – que nos sugere o tempo e movimento do fazer pela sua multiplicação e repetição e ao mesmo tempo uma ideia de paragem - subjacente à contemplação.